8 de nov. de 2012

Presente Contínuo

Agora o passado não está em mim.
Uma névoa cobre o caminho andado.
Andar para trás seria perder-me do tempo em que estou:
Estátua de areia que o vento desmanchará.

Não olho para trás,
Não olho para o chão,
Mas, para frente, também não vou olhar:

Vejo ao redor,
Para, a cada passo, ver novamente.
Em cada linha, o grafite se espalha
E forma novas palavras.
A folha em branco,
Traz e traduz
O verde novo.

Está feito!

Lenca Marques

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