Azuis mesclas em cinzentas superfícies,
Amostras de tempos inalcançáveis,
Amorfas marcas em esparsos véus.
Porque parecem tão iguais as noites...
Cansaços trôpegos em lençóis alvos,
Desgostos amargos em bocejos triviais,
Difusos pesadelos entre lumes luzidios.
Porque parecem tão iguais as vidas...
Ininterruptos sonhos de tribulações apedrejadas,
Desejos sôfregos de douradas quimeras,
Possessões expostas aos uivos dos temporais.
Porque parecem tão iguais as mortes...
Negrumes que se perdem em sobressaltos,
Extensas contabilidades de tudo em nulo,
Incomensuráveis caminhos do intransitável.
Sônia Soares
"Porque parecem tão iguais as mortes...
ResponderExcluirIncomensuráveis caminhos do intransitável."
Sonia, parece que esta poesia foi feita para mim neste meu momento de fragilidade.
Tentarei como vc sugeriu exprimir meus sentimentos através das palavras.Escrever, proporciona-me um gde prazer.
Gosto muito de vc tbém
Com carinho