Segue o caminhão. Leva na boleia uma montanha de areia lavada de rio.
No alto da montanha um homem, que antes sentado, agora levanta-se cautelosamente.
Ele é jovem e forte. O vento desenha seu corpo entre as rugas da camisa.
Ele surfa a areia, equilibra-se, desvia do semáforo que já ficou para trás.
Devagar volta a sentar-se.
Sentado, olha ao redor como criança a certificar-se que não fora flagrado em sua travessura.
Depois infla o peito e posa para si mesmo como rei daquela montanha.
O sinal fechou.
Este instante passou.
Lenca Marques
Nenhum comentário:
Postar um comentário