Os espelhos não sabem guardar segredos.
Eles me refletem e me advertem de uma presença estranha: as manchas em minha pele de agora que se destacam como uma ofensa. Vejo que elas escorrem-me sobre a pele das mãos; alastram.
Acalmo-me e penso: de agora em diante se alguém me fizer algum mal, se eu me sentir só, ou triste, ou velha, olharei com melhores olhos para estas ilhas castanhas e baças que me conduzem para a terra de meus mortos... para lá ou para sua proteção enquanto aqui, na terra dos vivos, persisto em ficar.
Eles me refletem e me advertem de uma presença estranha: as manchas em minha pele de agora que se destacam como uma ofensa. Vejo que elas escorrem-me sobre a pele das mãos; alastram.
Acalmo-me e penso: de agora em diante se alguém me fizer algum mal, se eu me sentir só, ou triste, ou velha, olharei com melhores olhos para estas ilhas castanhas e baças que me conduzem para a terra de meus mortos... para lá ou para sua proteção enquanto aqui, na terra dos vivos, persisto em ficar.
Luiza Lagôas
Luísa
ResponderExcluirGosto muito quando escreve textos pequenos, pois fazem menos ruído e emocionam. Acho que o caminho curto funciona com vc. Parabéns. Abç.
Luísa
ResponderExcluirGosto muito quando escreve textos pequenos. Eles são contidos, fazem menos ruído mas, movimentam mais o leitor. Acho que o caminho curto funciona mais com vc. Parabéns. Abçs.
Edwiges