25 de nov. de 2009

A Flor da Pele

Os espelhos não sabem guardar segredos.
Eles me refletem e me advertem de uma presença estranha: as manchas em minha pele de agora que se destacam como uma ofensa. Vejo que elas escorrem-me sobre a pele das mãos; alastram.
Acalmo-me e penso: de agora em diante se alguém me fizer algum mal, se eu me sentir só, ou triste, ou velha, olharei com melhores olhos para estas ilhas castanhas e baças que me conduzem para a terra de meus mortos... para lá ou para sua proteção enquanto aqui, na terra dos vivos, persisto em ficar.
Luiza Lagôas

2 comentários:

  1. Luísa
    Gosto muito quando escreve textos pequenos, pois fazem menos ruído e emocionam. Acho que o caminho curto funciona com vc. Parabéns. Abç.

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  2. Luísa
    Gosto muito quando escreve textos pequenos. Eles são contidos, fazem menos ruído mas, movimentam mais o leitor. Acho que o caminho curto funciona mais com vc. Parabéns. Abçs.
    Edwiges

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